Manna Biochronos

Uma parceria entre o Manna Team e o Laboratório de Ecologia Evolutiva e Biodiversidade (LEEB-UFMG)
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Fruto de uma parceria entre a Universidade Estadual de Maringá e a Universidade Federal de Minas Gerais, a armadilha para insetos tem por objetivo atender a demanda do projeto Biochronos, que monitora a Degradação Oculta, a Biodiversidade, as Funções e Serviços Ecossistêmicos na interface Terra-Água do Rio Doce.

A iniciativa contou com a atuação do prof. André Verona, integrante do Manna Team e doutorando sob orientação da prof.ª Linnyer Aylon, e do Laboratório de Ecologia Evolutiva e Biodiversidade (LEEB) do Instituto de Ciências biológicas da UFMG, coordenado pelo prof. Geraldo Wilson Fernandes e com participação de Larissa Moreira, Helena de Andrade Soares e prof. Henrique Paprocki. Em vista da degradação que o leito do Rio Doce sofreu pelo rejeito da Barragem de Fundão em Mariana – MG, que se rompeu em 2015, é desenvolvido um trabalho de monitoramento espaço-temporal da paisagem e dos processos ecológicos que propiciam o aumento da biodiversidade, para o qual foi desenvolvida a armadilha de insetos.

Manna Biochronos - armadilha para insetos

 

Esta é uma iniciativa do Manna Science, um capítulo do Ecossistema Manna vocacionado para a pesquisa científica de excelência que catalisa suas experiências para gerar soluções para os grandes desafios da sociedade, de acordo com a prof.ª Linnyer, que tem uma parceria de mais de 22 anos com a UFMG, onde foi professora efetiva da Escola de Engenharia.

A futura armadilha, com nome provisório de Manna Biochronos, coletará insetos, de início aquáticos, para posterior coleta, contagem e análises entomológicas, a partir das quais será possível observar analiticamente a diversidade taxionômica, genética e funcional desses, bem como a existência de novas espécies, de forma a acompanhar a regeneração do Rio Doce.

Manna Biochronos - armadilha para insetos

 

O aparato em nível técnico foi desenvolvido em parceria com o LEEB e consiste em uma bandeja na qual será colocado álcool e um suporte de luz. Este suporte foi feito manualmente e conta com uma haste de alumínio, três fileiras de LEDs UV (trabalhando na faixa de 400 nanômetros), uma fileira de LED azul (na faixa de 460 nanômetros) e uma fileira de LED verde (na faixa de 530 nanômetros). Os circuitos foram soldados um a um e protegidos com uma embalagem vazia e cortada para que a placa se encaixasse no interior, de forma a evitar chuva e quaisquer outros danos.

Circuito de LED

Os LEDs são alimentados por uma caixa hermética, conectada a eles por conectores P4 que trabalham na tensão de 12V. A caixa armazena uma bateria comercial de 7A, comumente utilizada em sistemas de alarmes e que está em uma faixa de preço acessível, e um circuito com um temporizador que define quantos segundos o sistema aguarda e quantos segundos ele deve ficar ativado e ligar os LEDs. Por exemplo, ele pode ser configurado para aguardar dez segundos e, após isso, ativar a luz por outros dez segundos.

Caixa hermética
Circuito e temporizador internos

 

Com os LEDs ativados, a luz é refletida na bandeja e é isso que atrairá os insetos, que caem no álcool e morrem. Posteriormente, poderá ser feita a coleta para as análises no laboratório.

Armadilha de insetos em funcionamento

 

Inicialmente, foram confeccionadas doze placas de circuito e dez caixas herméticas, as quais serão distribuídas na região do vale do Rio Doce para a coleta de espécies de insetos na área de rejeitos e também nos tributários, que são os riachos que deságuam no Rio Doce.

Nas palavras da prof.ª Linnyer, “O desenvolvimento do Manna Biochronos, no contexto do doutoramento do André Verona junto com o Prof. Geraldinho e os pesquisadores do LEEB, mostra o potencial do intercâmbio de saberes (multidisciplinar) e das cooperações interinstitucionais no desenvolvimento de soluções inovadoras e de alto impacto. Junto conosco também está o prof. Antonio Alfredo Loureiro membro do Manna e professor do Departamento de Ciência da Computação da UFMG”. 

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